sábado, 26 de setembro de 2009

É talvez eu seja um caso raro de amor irremediável ao platonismo, talvez julgue que amar sem ser correspondido faz mais sentido e combina mais com minha cútis, quem sabe até ouça disco em vinil para ainda sentir o frêmito descompassado da agulha arranhando o disco, repetindo como num disco riscado... E quiçá eu seja, assim uma flor de outono, despetalada, rasgada e sofrida num espaço curto de tempo, de amor e de ausência. Eu amo há mais de uma década, com tanta intensidade, com tanto ardor e devoção que mais parece a adoração a um Santo ou o amor divino personificado em uma pessoa, revelado em um homem, que desfaz todas as verdadeS, fugazes, outrora pintadas em carmim, hoje por melhor que seja estão em tons sur tons, para refazer dentro de mim a verdade de um amor que só existe em mim e por mim.

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