quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dor, não

Hoje não me falem de dor
Levantei as barreiras da razão
Defini as palavras proibidas
Dor, não!
Digam do tempo, da chuva ou da bruma
Talvez do frio das noites
No conforto das casas aquecidas
Digam do mar
Que repousa em cachos de espuma
Diz-me tu, da vida
Não da tua nem da minha
Da dos desconhecidos que se cruzam
Na margem paralela do caminho
Conta histórias de outros tempos
De dias por conhecer
Enche-me de palavras os ouvidos
Das que despertam os sentidos
Sem limites nesta rota de ilusão
Hoje, dor não!

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